Discalculia e sua relação com o autismo

Embora o autismo e a discalculia sejam condições distintas, é importante notar que algumas pessoas com autismo podem apresentar dificuldades específicas de aprendizagem.

Estudos indicam que, pessoas autistas, em virtude de suas características neurológicas, podem ter uma maior probabilidade de desenvolver esse transtorno, principalmente devido a diferenças no processamento de informações numéricas e habilidades cognitivas.

Segundo os estudos, as dificuldades de comunicação social e de interação social inerentes ao autismo podem, por vezes, dificultar ainda mais o desenvolvimento de habilidades matemáticas. Para muitas pessoas com autismo e discalculia, a compreensão de conceitos matemáticos abstratos e a aplicação prática desses conhecimentos podem ser desafios significativos. Isso pode levar a uma frustração considerável na sala de aula e prejudicar o desempenho acadêmico, afetando negativamente a autoestima e a confiança.

Como oferecer apoio?

O apoio adequado e personalizado é essencial para pessoas com discalculia e autismo, a fim de ajudá-las a superar os desafios e desenvolver suas habilidades matemáticas e cognitivas. Abordagens educacionais individualizadas, que levam em conta as necessidades específicas de cada indivíduo, são fundamentais para um progresso significativo. Professores, psicópedagogos e especialistas em educação especial podem trabalhar em conjunto para criar um ambiente de aprendizagem inclusivo e acolhedor, adaptando o currículo e as estratégias pedagógicas de acordo com as habilidades e dificuldades de cada aluno.

Isso pode envolver o uso de recursos visuais, atividades práticas adaptadas e tecnologia assistiva (com aplicativos ou não) para facilitar a compreensão dos conceitos matemáticos.

Além disso, terapias complementares, como terapia cognitivo-comportamental, podem ser benéficas para ajudar os indivíduos a desenvolver habilidades de resolução de problemas e estratégias de enfrentamento diante das dificuldades enfrentadas no ambiente escolar e na vida diária. O apoio emocional também é de extrema importância. A criação de um ambiente de apoio e compreensão pode melhorar a autoconfiança e o bem-estar emocional dos indivíduos, encorajando-os a persistir em seus esforços para superar os desafios.

Um ambiente inclusivo e oferecer o apoio adequado às pessoas com discalculia e autismo, reforça a importância de promover uma sociedade mais igualitária, na qual todas as pessoas, independentemente de suas diferenças, possam alcançar seu potencial máximo e contribuir de forma significativa para a comunidade.

Conclusão

Em resumo, a discalculia e autismo são condições distintas, mas podem estar associadas.

Embora a relação entre discalculia e autismo seja objeto de interesse em pesquisas, ainda são necessárias mais investigações para compreender completamente essa associação. Apoiar com estratégias personalizadas é essencial para ajudar no desenvolvimento das habilidades matemáticas e cognitivas, promovendo assim o bem-estar da pessoa dentro e fora da sala de aula. Além disso, a educação inclusiva deve ser um direito para pessoas que lidam com a discalculia, sejam elas típicas e atípicas! Para entender e conhecer mais sobre o ensino adaptado, que é um direito perante à lei.

Rita Maria Santos Psicopedagoga

No responses yet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *